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Mad Old School Rock'n'roller

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Patrulha do Espaço

Zé BRASIL ensaiando na bateria da Space Patrol, Serra da Cantareira, 1974. Foto de Leila Lisboa.

Pazchecão:
Em 1973, depois de tocar e reforçar minha amizade com o Arnaldo Baptista no Festival de São Lourenço, MG, fui para os EUA e fiz a viagem mais psicodélica da minha vida. Entre outras coisas, tais como 5.000 milhas de carona (Miami/New York e New York/San Francisco), inclusive de avião, e tocar na rua na Chinatown de San Francisco, morei na região da Haight-Ashbury e vivi uns três meses tocando, estudando e curtindo por lá. Lendo teu relato sobre aquela era me deu vontade de escrever sobre essa viagem.
Já que você vai pesquisar sobre a Patrulha do Espaço também, isso tem um pouco a ver com o aparecimento dessa banda, o nome foi inclusive sugerido pelo Alan Kraus, e que foi fundada por nós (Arnaldo Baptista, Alan Kraus, Marcelo Aranha e Zé BRASIL) depois que eu voltei dessa viagem incrível. A Space Patrol, que era o "conjunto do Arnaldo" depois que saiu dos Mutantes, durou pouco, mas formatou o Loki?, apresentou pela primeira vez todas as músicas do disco, apresentou o Zé BRASIL roqueiro/violeiro para o grande público e, depois de uns dois ou três anos hibernando, ressurgiu como Arnaldo & Patrulha do Espaço para viver até agora como Patrulha do Espaço.
Quando o Arnaldo voltou dos Estados Unidos me convidou para voltar a tocar bateria com ele (nós dois nunca tínhamos deixado de fazer um som juntos, às vezes com o John Flavin) e, como eu já estava completamente envolvido com o APOKALYPSIS, recomendei o Rolando Castello Júnior (que era meu amigo e vizinho na rua Padre João Manuel) e que tinha um estilo que se encaixava totalmente com a bateria Ludwig de dois bumbos que o AR trouxe da Gringa, como se diz hoje em dia.
Acho, sinceramente, que essa foi a melhor coisa que aconteceu para mim, para o Arnaldo, para a Patrulha, para o Júnior e para o Rock Brasileiro. Só insisto em colocar os pingos nos ís por que tenho quase certeza que o Júnior, sem ser por mal é claro, não vai se lembrar desse episódio que é fundamental para entender a história e o surgimento dessa banda que carrega a bandeira do verdadeiro Rock Brasileiro com tanta garra e brilhantismo.
Desde 2005, quando voltei a fazer da minha vida um rock'n'roll, tenho me esforçado para contar o outro lado da história, aquele que eu vivi, pois sei que o Brasil é assim mesmo. No caso do transmutante Arnaldo Baptista, com tudo isso que está acontecendo merecidamente em torno dele, acho que a vida infelizmente prejudicou as memórias que ele tinha dessa época, quando éramos muito amigos e companheiros mesmo e também como encontrou a Lucinha Barbosa minha grande amiga e fã do APOKALYPSIS.
Quero ressaltar que para mim a grande conquista daqueles tempos de Space Patrol, além de colaborar na criação do disco Loki?, que é uma das obras-primas do Rock Brasileiro, é o rock'n'roll Cabelos Dourados, minha parceria com o Arnaldo, que reflete o que ele e eu vivemos naquela época e nos dias de hoje. É uma ponte mágica, que venceu o Tempo e as lembranças, para cantar o Rock da Cantareira, uma paixão inesquecível e uma amizade duradoura, graças a Deus.
Zé BRASIL - fundador e baterista da Space Patrol e do APOKALYPSIS.
ps: quanto à minha aventura em Haight-Ashbury, "isso é uma outra história que fica para uma outra vez( hehehe...)".
ps2: o Loki?, que foi gravado pelos grandes roqueiros Dinho Leme e Liminha com backing vocals da Rita Lee e arranjos do Rogério Duprat, entre outras qualidades sensacionais é um disco de rock'n'roll sem guitarras, o que é uma missão quase impossível e o Arnaldo Baptista é um dos poucos rock'n'rollers que consegue fazer isso.
ps3: o único membro da Space Patrol que participou do disco Loki? foi o Sérgio Kaffa que toca baixo na faixa Desculpe e que entrou na banda pouco antes da minha saída, que foi numa boa, inclusive.
Obs: Pazchecão é Mário Pacheco http://www.dopropriobolso.com.br/, paulista de Brasília e historiador contracultural.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

sábado, 7 de agosto de 2010

Depoimento Tropicalista


Depoimento de Zé BRASIL sobre o Tropicalismo para Flávio Lobo. Faz parte do DVD "Tropicália - caminhando sobre o tempo" de Flávio Lobo, Bruno Barreiro e Felipe Barros.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Para os paulistanos e pra quem gosta de São Paulo.


Nossos filhos nos levaram pra comer no Montechiaro, que eu frequento desde que era Giovanni Bruno, depois pegou fogo, depois casei, tivemos os filhotes e agora é a vez deles...são quase quarenta anos de histórias, de conversas, de nhoque com frango, de talharine aos quatro queijos, de arroz com frutos do mar, de vinho chileno, dos posters e cartazes de peças e shows (de rock, inclusive) colados nas paredes, da classe teatral...éramos uma verdadeira Grande Família. De repente o Raul Cortez, o Paulo Autran, o Sérgio Mamberti, a Maria Della Costa, o Ricardo Petraglia...a gente jantava depois da peça e ficava até de manhã: tomávamos café da manhã no Montechiaro, alguém se lembra? Claro que não pois hoje a Cantina (Trattoria?) Montechiaro fecha lá pela meia noite, mas o Bixiga continua...E depois tem gente que vem falar de São Paulo! Carinho moçada, pela nossa megalópolis psicodélica, sim, cheia de nós todos, de nossos sentimentos, recordações e esperanças.