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Mad Old School Rock'n'roller

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

SEGUNDA CHANCE

SEGUNDA CHANCE
          Nós, da Geração Woodstock, vivendo na Era de Aquarius, ainda temos sentimentos e desejos juvenis, algo como saudades do futuro ou flash-backs, sei lá...
          E um dos mais concorrentes é o de se sentir imortal frente a um destino infinito.
          E lembro que toda doce ilusão tem um fundo de Verdade Absoluta, ou não, talvez...
          O lance do corpo físico e sua transformações...bom, vamos mudar de assunto.
          Quem está escrevendo e quem está lendo, lá pelos idos dos anos sessenta e setenta do século passado, já teve uma grande chance de ser bom e feliz nessa vida.
          Quem está escrevendo e quem está lendo esta mensagem, só por esse simples fato, demonstra que aproveitou bem essa chance: estamos vivos e bem, graças a Deus.
          É como se eu tivesse sido presenteado com a oportunidade de conviver com o Bem, compartilhá-lo e, de certa forma, naqueles tempos muita gente, talvez a grande maioria dos seres humanos, teve a mesma chance.
          Hoje, quarenta anos depois, surge a nossa segunda (derradeira?) chance.
          De novo nosso destino como espécie está ameaçado e decisões urgentes precisam ser tomadas.
          E nós, os hippies bem-sucedidos da Geração Woodstock, podemos fazer alguma coisa?

ROCK BRASILEIRO

É interessante que o Rock Brasileiro, com mais de 50 anos de vida, ainda seja tratado como uma coisa recente. Sempre houve e sempre haverá música boa e ruim em qualquer gênero. O português introduziu um novo suíngue (swing) dentro do rock anglo-saxão e tem tudo a ver com as raízes do dito cujo pois o rock'n'roll, filho bastardo do blues e do country americano, surgiu na esteira do fox-trot e do boogie-woogie, legítimos sons da era do swing e das grandes orquestras. Então, um idioma sincopado como o nosso, só poderia tornar ainda mais interessante e contagiante essa música que tomou conta do planeta como nenhuma outra tinha feito até então. Desde que comecei a compor minhas canções de rock, há 40 anos atrás, me deparei com essa particularidade da língua e do ritmo. Acho que o Rock Brasileiro evolui a partir da interação disso e das contribuições que os nossos ritmos, temas, folclore, melodias, harmonias e timbres trouxeram para essa música fascinante e que aceita tudo de todos. Hoje, como um Mad Old School Brazilian Rock'n'Roller, estou começando a dominar esse truque do rock em português, essa nossa forma de expressar o sentimento que motivou toda essa nova maneira de viver e de curtir a vida.
Zé Brasil.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

PARABÉNS SAMPA!


SUÍTE PAULISTANA
Letra e Música: Zé Brasil


Bom dia Paulicéia, terra dos bem-te-vis
Bom dia São Paulo, cidade grande dos meus Brasis
Terra dos Bandeirantes, negros, brancos, tupis
Bom dia São Paulo, cidade grande dos bem-te-vis.

Garoa paulistana, garoa paulistana
São gotas, são gentes, são vidas humanas
Cotidiano tenso, sem trégua e sem folia
O povo trabalha de noite, de dia.

E no Centro Velho, o Poder manifesta
Sua força bruta, mas amor é o que resta
Multidões sem guias, camelôs, seguranças
Tem ladrões, tem tias, tem paixões, tem lembranças.

Cultural, noite ilustrada dos cafés e das esquinas
Marginal, movimentada, cabarés, bares, cantinas
Nos teatros, nos cinemas, nos hotéis, nos restaurantes
Nas baladas, nos problemas, gente alegre, bem-falante.

Shopping Centers, supermercados
Indústrias e bancos, varejo, atacado
Faculdades, clubes, academias
Escolas da vida, do certo e do errado.

Bom dia Paulicéia, terra dos bem-te-vis
Bom dia São Paulo, cidade grande dos meus Brasis
Terra dos Bandeirantes, negros , brancos, tupis
Bom dia São Paulo, cidade grande dos bem-te-vis. 


©NATURAL MUSIC 2004

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

EDU PARADA (LADESSA)

Sagitariano, faleceu tragicamente aos 57 anos no último dia 8 de janeiro de 2011. Deixou esposa e filha. Notabilizou-se como baixista de rock e luthier. Fundador do grupo APOKALYPSIS em 1974 com o multinstrumentista Prandini, o tecladista Tuca Camargo e o cantor, compositor e baterista Zé Brasil, participou da maioria dos eventos emblemáticos daquela época: Festival de Iacanga, Banana Progressiva, Rock da Garoa no Ginásio do Maracananzinho, shows no Parque do Ibirapuera e nos teatros Aquarius, TUCA e Bandeirantes. Formado em marcenaria pelo SENAI, desde a década de 70 transformou-se num dos melhores luthiers do Brasil. Sua marca LADESSA é encontrada nos contrabaixos, guitarras, cavaquinhos, etc em muitas gravações, nos palcos brasileiros e até no exterior. Ministrou cursos de luthieria na ULM e no Projeto Guri. Como talentoso e criativo instrumentista pode ser ouvido nos CDs 1975 e 1974 do APOKALYPSIS lançados em 2005 e 2009 respectivamente pela gravadora NATURAL RECORDS. Desde 2008, convidado por Zé Brasil, vinha participando de apresentações e gravações do APOKALYPSIS, destacando-se os shows na Livraria da Esquina (2008), no Rock na Vitrine (2009), no Coletivo Galeria e na Oficina da Arte em 2010. Sua derradeira performance aconteceu no Santa Sede Rock Bar em 4 de dezembro de 2010 com os cantores Zé Brasil e Silvia Helena, o guitarrista Paulo Bérgamo, o baterista Xandy Barreto e foi um sucesso.

domingo, 9 de janeiro de 2011

Nota de falecimento

Queridos amigos e amigas: o APOKALYPSIS está de luto pois nosso querido baixista, fundador da banda, um dos maiores luthiers do Brasil e meu grande amigo Edu Parada (Ladessa), faleceu.
Que Deus o tenha.