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Mad Old School Rock'n'roller

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

ALEXANDRE ZIMMERMANN BARRETO - Parabéns!

Alexandre o mundo é teu
O mar, o vento, o fogo e a terra
É tudo teu
A luz que vem das estrelas
Calor e vida do Sol a brilhar
Vida, esperança nova, criança da Terra
Alexandre, semente da Paz.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Alegria transgeracional

Xandy Barreto & Zé Brasil depois do show do Paul McCartney.
São Paulo, 21 de novembro de 2010. Foto: Xandy Barreto.

sábado, 25 de setembro de 2010

APOKALYPSIS no Bagaça!


Trecho da música AMANHÃ de Zé BRASIL com o APOKALYPSIS no Bagaça! em São Paulo, 21 de setembro de 2010. Imagens: Fátima Gomes.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

LOUCO DE ROCK


"Louco de Rock" (Letra & Música: Zé BRASIL)
Zé BRASIL - composição, voz e violão-folk
Silvia HELENA - voz e violão-folk
Paulo BÉRGAMO - guitarra
Edu PARADA - baixo
Xandy BARRETO - bateria
Imagens: KiCo Stone
Coletivo Galeria - Sábado, 11 de Setembro de 2010
Rua dos Pinheiros, 493 - Pinheiros - SP

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

APOKALYPSIS no Coletivo Galeria 11 de setembro de 2010


Momentos rock'n'roll do APOKALYPSIS durante o aniversário da Silvia HELENA no Coletivo Galeria em São Paulo na noite de 11 de setembro de 2010. Imagens: Luciana Duarte.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Pequena história do Zé BRASIL


Músico desde criança, bacharel em arquitetura pela Universidade Mackenzie (1972), José Luiz Alves Barreto, o Zé BRASIL, é cantor, compositor, violeiro e baterista auto didata. Na sua formação musical destacam-se o violonista Henrique Pinto, os maestros Walter Lourenção (história da música) e Nelson Ayres (arranjo) além de cursos na Fundação das Artes de São Caetano do Sul, no CLAM (escola do Zimbo Trio) e nas Faculdades Integradas Alcântara Machado. Inspirado desde os anos 50 pela música erudita, brasileira, jazz e, principalmente, pelo rock’n’roll, sua vocação profissional desperta em 1968 estimulada pela convivência e amizade com os tropicalistas Waly Salomão, Gilberto Gil, Caetano Veloso e o pintor Antonio Peticov. Desde então Zé BRASIL se apresenta ocasionalmente como cantor, compositor, baterista e a partir de 1971 começa a trabalhar como músico na “Última Peça”, de Zé Vicente, no Teatro Vereda em São Paulo, com os atores Sérgio Mamberti, Ricardo Petraglia e Ezequiel Neves dirigidos por Clóvis Bueno. Participa como percussionista do programa “Encontro”, com Nydia Lícia, na TV Cultura. Em 1972 atua como baterista na peça “Fernando Pessoa” no Teatro Ruth Escobar, São Paulo, ao lado de Ariclê Peres, Jandira Martini, Goulart de Andrade, Edu Viola e Jamil Maluf dirigidos por Silney Siqueira. Participam dos programas “Clube dos Artistas”, com Airton e Lolita Rodrigues, na TV Tupi e “Hebe”, na TV Record, com Hebe Camargo. Em 1973, depois de uma temporada nos EUA onde toca nas ruas, bares e night clubs de San Francisco, funda em São Paulo a banda de rock “Space Patrol” com Arnaldo Baptista, recém saído dos “Mutantes”. Em meados de 1974 cria o “Apokalypsis” com o multi instrumentista José Carlos Prandini, o tecladista Tuca Camargo e o contrabaixista Edu Parada. São contratados pelos empresário Fernando Tibiriçá (1974) e depois por Gabriel Neto (1975). Em novembro de 1975 Zé BRASIL conhece a cantora Silvia Helena. Lançam o compacto simples “Maytrea & Silvelena” em 1976 e recriam o “Apokalypsis” em 1977. Viajam para a Europa em 1978 e são contratados pelo empresário internacional Clodomir de Castro em Londres. Como “José & Silvia” em 1980 gravam o compacto duplo “Brazilian Wave”, criam o selo “Natural Records” e apresentam-se na Inglaterra, França e Espanha para lançar o disco inglês. Voltam ao Brasil em 1981 apresentando-se em casas noturnas como o Carbono 14 e teatros como o TUCA, dividindo o palco com artistas como Belchior e Hermeto Paschoal. São entrevistados por Fausto Silva na rádio Globo no programa “Balancê”. Em 1983 criam o grupo UHF estreiando no programa “Fábrica do Som”, com Tadeu Jungle, na TV Cultura. Apresentam-se na televisão, no rádio, em teatros como o Lira Paulistana, com o Ultraje a Rigor, danceterias como o Radar Tan Tan e casas noturnas como o Rose Bon Bon. Em 1987 mudam-se para Rio Claro e retornam à São Paulo em 2000. Desde 1988 Zé BRASIL tem a produtora UHF Vídeo, Áudio e Multimídia. Além dos discos já mencionados sua discografia compreende o LP “UHF” lançado em 1989 e três CDs, lançados em 2005, 2007, e 2009 respectivamente. Zé BRASIL tem músicas em parceria com Arnaldo Baptista, Nico Queiroz, Chico Bezerra e Marcos Delduque. Como produtor fonográfico, intérprete, compositor, arranjador ou músico participa a partir de 1977 de um compacto simples e um LP internacionais, um LP e dois CDs. Zé BRASIL se apresenta desde 1970 em televisões, rádios, festivais, teatros, casas de shows, ginásios, universidades, colégios, boates, clubes, praças, ruas e bares do Brasil, Estados Unidos, Inglaterra, França e Espanha. Está lançando pela “Natural Records” o CD “1974” do “Apokalypsis”, gravado ao vivo em 1974 por Pena Schmidt no Teatro Aquarius, São Paulo, com a formação original do grupo. Nos dias de hoje Zé BRASIL & Silvia Helena apresentam em duo ou com banda um show eletro-acústico com músicas atuais e setentistas repertório do “Apokalypsis”.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Patrulha do Espaço

Zé BRASIL ensaiando na bateria da Space Patrol, Serra da Cantareira, 1974. Foto de Leila Lisboa.

Pazchecão:
Em 1973, depois de tocar e reforçar minha amizade com o Arnaldo Baptista no Festival de São Lourenço, MG, fui para os EUA e fiz a viagem mais psicodélica da minha vida. Entre outras coisas, tais como 5.000 milhas de carona (Miami/New York e New York/San Francisco), inclusive de avião, e tocar na rua na Chinatown de San Francisco, morei na região da Haight-Ashbury e vivi uns três meses tocando, estudando e curtindo por lá. Lendo teu relato sobre aquela era me deu vontade de escrever sobre essa viagem.
Já que você vai pesquisar sobre a Patrulha do Espaço também, isso tem um pouco a ver com o aparecimento dessa banda, o nome foi inclusive sugerido pelo Alan Kraus, e que foi fundada por nós (Arnaldo Baptista, Alan Kraus, Marcelo Aranha e Zé BRASIL) depois que eu voltei dessa viagem incrível. A Space Patrol, que era o "conjunto do Arnaldo" depois que saiu dos Mutantes, durou pouco, mas formatou o Loki?, apresentou pela primeira vez todas as músicas do disco, apresentou o Zé BRASIL roqueiro/violeiro para o grande público e, depois de uns dois ou três anos hibernando, ressurgiu como Arnaldo & Patrulha do Espaço para viver até agora como Patrulha do Espaço.
Quando o Arnaldo voltou dos Estados Unidos me convidou para voltar a tocar bateria com ele (nós dois nunca tínhamos deixado de fazer um som juntos, às vezes com o John Flavin) e, como eu já estava completamente envolvido com o APOKALYPSIS, recomendei o Rolando Castello Júnior (que era meu amigo e vizinho na rua Padre João Manuel) e que tinha um estilo que se encaixava totalmente com a bateria Ludwig de dois bumbos que o AR trouxe da Gringa, como se diz hoje em dia.
Acho, sinceramente, que essa foi a melhor coisa que aconteceu para mim, para o Arnaldo, para a Patrulha, para o Júnior e para o Rock Brasileiro. Só insisto em colocar os pingos nos ís por que tenho quase certeza que o Júnior, sem ser por mal é claro, não vai se lembrar desse episódio que é fundamental para entender a história e o surgimento dessa banda que carrega a bandeira do verdadeiro Rock Brasileiro com tanta garra e brilhantismo.
Desde 2005, quando voltei a fazer da minha vida um rock'n'roll, tenho me esforçado para contar o outro lado da história, aquele que eu vivi, pois sei que o Brasil é assim mesmo. No caso do transmutante Arnaldo Baptista, com tudo isso que está acontecendo merecidamente em torno dele, acho que a vida infelizmente prejudicou as memórias que ele tinha dessa época, quando éramos muito amigos e companheiros mesmo e também como encontrou a Lucinha Barbosa minha grande amiga e fã do APOKALYPSIS.
Quero ressaltar que para mim a grande conquista daqueles tempos de Space Patrol, além de colaborar na criação do disco Loki?, que é uma das obras-primas do Rock Brasileiro, é o rock'n'roll Cabelos Dourados, minha parceria com o Arnaldo, que reflete o que ele e eu vivemos naquela época e nos dias de hoje. É uma ponte mágica, que venceu o Tempo e as lembranças, para cantar o Rock da Cantareira, uma paixão inesquecível e uma amizade duradoura, graças a Deus.
Zé BRASIL - fundador e baterista da Space Patrol e do APOKALYPSIS.
ps: quanto à minha aventura em Haight-Ashbury, "isso é uma outra história que fica para uma outra vez( hehehe...)".
ps2: o Loki?, que foi gravado pelos grandes roqueiros Dinho Leme e Liminha com backing vocals da Rita Lee e arranjos do Rogério Duprat, entre outras qualidades sensacionais é um disco de rock'n'roll sem guitarras, o que é uma missão quase impossível e o Arnaldo Baptista é um dos poucos rock'n'rollers que consegue fazer isso.
ps3: o único membro da Space Patrol que participou do disco Loki? foi o Sérgio Kaffa que toca baixo na faixa Desculpe e que entrou na banda pouco antes da minha saída, que foi numa boa, inclusive.
Obs: Pazchecão é Mário Pacheco http://www.dopropriobolso.com.br/, paulista de Brasília e historiador contracultural.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

sábado, 7 de agosto de 2010

Depoimento Tropicalista


Depoimento de Zé BRASIL sobre o Tropicalismo para Flávio Lobo. Faz parte do DVD "Tropicália - caminhando sobre o tempo" de Flávio Lobo, Bruno Barreiro e Felipe Barros.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Para os paulistanos e pra quem gosta de São Paulo.


Nossos filhos nos levaram pra comer no Montechiaro, que eu frequento desde que era Giovanni Bruno, depois pegou fogo, depois casei, tivemos os filhotes e agora é a vez deles...são quase quarenta anos de histórias, de conversas, de nhoque com frango, de talharine aos quatro queijos, de arroz com frutos do mar, de vinho chileno, dos posters e cartazes de peças e shows (de rock, inclusive) colados nas paredes, da classe teatral...éramos uma verdadeira Grande Família. De repente o Raul Cortez, o Paulo Autran, o Sérgio Mamberti, a Maria Della Costa, o Ricardo Petraglia...a gente jantava depois da peça e ficava até de manhã: tomávamos café da manhã no Montechiaro, alguém se lembra? Claro que não pois hoje a Cantina (Trattoria?) Montechiaro fecha lá pela meia noite, mas o Bixiga continua...E depois tem gente que vem falar de São Paulo! Carinho moçada, pela nossa megalópolis psicodélica, sim, cheia de nós todos, de nossos sentimentos, recordações e esperanças.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

terça-feira, 13 de julho de 2010

quarta-feira, 9 de junho de 2010

SEGREDOS DE DEUS

NADA É IGUAL NO UNIVERSO

TUDO É DIFERENTE, ÚNICO

NADA É PERMANENTE

TUDO MUDA

TUDO VEM E VAI

O TEMPO TODO

ATÉ O TEMPO

ATÉ O TODO VIRAR NADA

ATÉ O NADA VIRAR TUDO

SEMPRE É NUNCA

NUNCA É SEMPRE

AGORA É ANTES DO DEPOIS

DEPOIS É ANTES DO AGORA

PENSE.

terça-feira, 20 de abril de 2010

40 ANOS DE ROCK'N'ROLL

APOKALYPSIS, palavra grega que significa Revelação, é o trabalho autoral de rock brasileiro que José Luiz Alves Barreto, o Zé BRasil, desenvolve desde 1974. Músico desde criança, bacharel em arquitetura, é cantor, compositor, violeiro e baterista auto didata. Na sua formação musical destacam-se o violonista Henrique Pinto (violão clássico), os maestros Walter Lourenção (história da música) e Nelson Ayres (arranjo) além de cursos de música na Fundação das Artes de São Caetano do Sul, teoria musical com Léa Freire e piano com Ricardo Breim no CLAM (escola do Zimbo Trio) e composição e regência nas Faculdades Integradas Alcântara Machado. Inspirado desde os anos 50 pela música erudita, brasileira, jazz e, principalmente, pelo rock’n’roll, sua vocação profissional desperta em 1968 estimulada pela convivência com os tropicalistas Waly Salomão, Gilberto Gil, Caetano Veloso e o pintor Antonio Peticov. Conhecido como Zé da Batera começa a se apresentar ocasionalmente como baterista, cantor, compositor e a partir de 1971 inicia-se profissionalmente como músico de teatro e participa como percussionista do programa Encontro na TV Cultura com Nydia Licia. Estréia como Zé BRasil no teatro TBC em 1972. Em 1973, depois de uma temporada nos EUA onde toca nas ruas, bares e casas noturnas de San Francisco, volta a São Paulo e funda a banda de rock Space Patrol com Arnaldo Baptista, recém saído dos Mutantes, e os guitarristas Alan Kraus e Marcelo Aranha. Apresentam-se em shows no Parque do Ibirapuera em dezembro de 1973 e janeiro de 1974. Em meados de 1974 cria o APOKALYPSIS com o multi instrumentista José Carlos Prandini, o tecladista Tuca Camargo e o contrabaixista Edu Parada. É contratado pelos empresários Fernando Tibiriçá (1974) da Trinka Produções Brasileiras, e Gabriel Neto (1975). Em outubro de 1974 o APOKALYPSIS participa do Festival da Geodésica no Parque do Ibirapuera e em novembro estréia no TUCA. Também participam de jam-sessions na Tenda do Calvário promovidas por Magnólio. As principais apresentações da banda acontecem no programa Aleluia! da TV Tupi com Fábio Júnior, nos teatros Aquarius, João Caetano, Universidade Mackenzie e Bandeirantes, nos festivais de Águas Claras (Iacanga) e Banana Progressiva, no Rock da Garoa (ginásio Maracananzinho, Rio de Janeiro) e no Opus 2004. Em novembro de 1975, Zé BRasil conhece a cantora Silvia Helena e desde então fazem música na Europa e no Brasil. Lançam em 1976 o compacto simples Maytrea & Silvelena pelo selo Atmosfera de Malcom Forest, gravado no estúdio Sonima, distribuído pela CBS. O disco traz as músicas Amar e Novo Éden, de Zé BRasil que também toca bateria, com os músicos Paulo Machado (arranjos e piano), Egidio Conde (guitarra) e Gerson Frutuoso (baixo). Em 1977 Zé BRasil & Silvia Helena recriam o APOKALYPSIS com o guitarrista Índio Faria (depois Roberto Fernandes), o tecladista William Forghieri (Blitz), o baixista Osmar Murad e casam-se em novembro do mesmo ano. Apresentam-se nos teatros da FGV e Treze de Maio e participam, com a música Forró Danado, do disco Billy Bond y Los Jets gravado no estúdio Eldorado e lançado na Argentina. Zé BRasil & Silvia Helena, em agosto de 1978, viajam para Londres, Inglaterra, com o guitarrista Roberto Fernandes e o tecladista William Forghieri. Estréiam no Tramshed Theatre em Woolwich e apresentam-se na Universidade de Reading, em casas de shows como Lyceum Ballroom e Café Royal, participam do Notting Hill Carnival na estréia da London School of Samba, são entrevistados por Bob Feith para a Rede Globo e por Ana Maria Cavalcanti para a BBC Radio. Gravam no estúdio Free Range o compacto duplo Brazilian Wave pelo selo Natural Records, criado com os produtores Clodomir de Castro e Nick Abson, e distribuído na Inglaterra pela Pinnacle Records. Como músico, Zé BRasil participa de gravações nos estúdios CBS e Gooseberry, entre outros, com artistas internacionais de reggae, disco e funk como a banda FBI. Também toca em audições e ensaios com bandas de rock, heavy metal, rhythm and blues e punk como Slits e de shows com a cantora Sandra Mara. Zé BRasil & Silvia Helena vão para Paris, França, em 1980 onde se apresentam em casas noturnas como Le Discophage, Le Chevalier du Temple e Via Brasil. Como músico Zé BRasil toca com artistas como a dupla Les Etoiles. Em Toulouse apresentam-se no Café Theatre La Grange aux Belles e são entrevistados pela Radio France Inter. Já em 1981 vão até Barcelona, Espanha, conhecem o cantor flamenco Blás Maqueda, se apresentam na Casa de Andalucia e são entrevistados pela Radio España. Contratados pelo empresário Clodomir de Castro excursionam até Cannes, se apresentam no Blue Moon Club e participam do MIDEM com o disco Brazilian Wave. Voltam a Londres para lança-lo na casa de shows The Venue da Virgin Records. Retornam ao Brasil em fevereiro e iniciam o lançamento do disco inglês apoiados pelo trio Delinqüentes de Saturno com músicos como os guitarristas Edgard Scandurra (IRA!) e Renato Nunes, o baterista Victor Leite (Muzak) e os baixistas Maurício Rodrigues (Ultraje a Rigor) e Marcos Delduque. Apresentam-se no Ginásio das Faculdades Oswaldo Cruz, nos teatros TUCA, Nydia Licia e Nelson Rodrigues (Guarulhos), no Carbono 14 e no Hong Kong. Criam o grupo UHF em 1983 e estréiam no programa Fábrica do Som da TV Cultura, com Tadeu Jungle, no teatro do SESC Pompéia. A seguir o UHF se apresenta no programa Realce com Mister Sam na TV Gazeta, Balancê com Fausto Silva na Radio Globo, no teatro Lira Paulistana, nas danceterias Radar Tan Tan, Raio Laser, Latitude 3001, nas Ondas Tropicais com Sonia Abreu na chopperia do SESC Pompéia, no Rota 86 do Centro Cultural São Paulo, no Mercado Velho de Santo Amaro, no QG, no Rainbow e no Rose Bon Bon. Participam da fase paulistana do UHF músicos como Akira S, Kim Kehl, Tuco Marcondes (Zeca Baleiro), Hugo Hori (Funk Como Le Gusta) e Rodolfo Braga (Joelho de Porco). O grupo inicia como power-trio (guitarra, baixo e bateria), depois tecnopop com teclado e bateria eletrônica, volta a ser uma banda de rock (guitarra, sax, baixo e bateria) e power-trio novamente em 1986. Neste ano Zé BRasil monta o estúdio Alquimia com a empresária Bety Cauã. Zé BRasil & Silvia Helena, já com seus dois filhos Alexandre e Andréa, mudam-se para Rio Claro, São Paulo, em 1987. Desde 1988 Zé BRasil tem a produtora UHF Vídeo, Áudio e Multimídia produzindo discos, jingles, trilhas, vinhetas, computação gráfica, institucionais, spots, comerciais, documentários, programas políticos, programas de rádio, programas de televisão e DVDs. O UHF, a partir de Rio Claro, com músicos locais como Aquiles Faneco, Rogério Cerri e Eduardo Hebling, apresenta-se em teatros, ginásios, clubes, boates, bares, rádios, televisões, é premiado no Festival Internacional da Canção pela Paz de Atibaia, no Festival Cordeiropolense da Canção de Cordeirópolis e finalista no Festival Ecológico de Santos. Em 1989 lança o LP UHF, gravado em São Paulo no estúdio Máster, pela Natural Records. Participa do programa Boca Livre da TV Cultura, com Kid Vinil, no teatro Franco Zampari em São Paulo. Durante a década de 90 Zé BRasil & Silvia Helena dedicam-se à produtora UHF Vídeo, Áudio e Multimídia, realizando trabalhos publicitários, empresariais, culturais, esportivos, discos, programas de televisão e de marketing político destacando-se as campanhas majoritárias vitoriosas de 1996 e 2000 em Rio Claro. No final do ano 2000 Zé BRasil retorna à São Paulo com a família e monta a produtora na Vila Madalena. Volta a dedicar-se exclusivamente à música desde 2005 compondo, gravando, apresentando-se ao vivo com o APOKALYPSIS em diversas formações e promovendo as Celebrações do Movimento 70 de Novo. Destacam-se nos últimos anos a participação no CD Sim São Paulo (2004) do selo Unimar produzido por Luiz Calanca, os lançamentos dos CDs 1975 em 2005, 70 de Novo (com participações especiais dos guitarristas Norba Zamboni, Roberto Gava e do baixista Osmar Murad) em 2007, 1974 em 2009 pela Natural Records e as participações na Homenagem à Rogério Duprat no Centro Cultural São Paulo, nas comemorações dos 40 Anos de Woodstock no espaço Néctar (Rio de Janeiro) e no Rock na Vitrine na Galeria Olido em São Paulo. Zé BRasil tem músicas em parceria com Arnaldo Baptista, Nico Queiroz, Chico Bezerra e Marcos Delduque. Como produtor fonográfico, intérprete, compositor, arranjador ou músico participa a partir de 1977 de um compacto simples e um LP internacionais, um LP e dois CDs. Atualmente o APOKALYPSIS, de Zé BRasil & Silvia Helena, apresenta um show eletro-acústico em duo ou banda com músicas setentistas e atuais, incluindo o rock’n’roll Cabelos Dourados com letra de Arnaldo Baptista escrita em 1974 e música de Zé BRasil composta em 2005.

quarta-feira, 10 de março de 2010

SPACE PATROL

A Space Patrol pode ser considerada uma madrasta da Patrulha do Espaço. Foi fundada pelo Arnaldo Baptista, pelo Marcelo Aranha e por mim em novembro de 1973 depois que voltei dos Estados Unidos. No início tinha também o Alan Kraus, que além de guitarrista e técnico de som, trabalhou em Woodstock e deu o nome Space Patrol para a nossa banda. Fizemos duas apresentações no Parque do Ibirapuera: a primeira, que também foi a estréia do Zé BRasil violeiro, em dezembro de 73 e foi a única vez em que o Arnaldo Baptista e a Rita Lee com suas bandas tocaram num mesmo evento com os Mutantes do Sergio Dias depois da saída deles e a segunda foi no Show de Aniversário de São Paulo em 25 de janeiro de 1974. O segundo show foi a nossa melhor performance pois, além de começar como o trio acústico da foto tocando as minhas músicas, apresentamos pela primeira vez o repertório do disco "Loki?" como power trio, com o Arnaldo revezando nos teclados e no baixo, o Marcelo Aranha na guitarra e eu na bateria. Ensaiávamos as músicas do "LOKI?" praticamente todos os dia na serra da Cantareira, na Mutantolândia. O ambiente era muito louco e o APOKALYPSIS surgiu na minha vida nessa época, meados de 1974. Por essa e outras razões não gravei com o Arnaldo o disco que considero a obra prima dele e, talvez, o melhor do Rock Brasileiro. Acho maravilhoso o Arnaldo ter conseguido gravar essa obra pois foi o auge dele como compositor e instrumentista, assim como considero, humildemente, o "1974" do APOKALYPSIS o meu auge como instrumentista. Em 1976 o Arnaldo voltou dos Estados Unidos com uma bateria Ludwig de dois bumbos incrível e me convidou para tocar com ele novamente. Nós sempre fomos bons amigos e sempre faziamos um som juntos, às vezes com o John Flavin, na casa do Arnaldo. Nessa época eu tinha acabado de conhecer a Silvia Helena, estávamos lançando nosso primeiro compacto "Maytrea & Silvelena" e achei que era melhor recomendar meu vizinho Rolando Castello Júnior para tocar com ele. Nosso amigo Cokinho já estava na área e então o Arnaldo Baptista, John Flavin, Cokinho e o Júnior fundaram o grupo Arnaldo e a Patrulha do Espaço. Aproveitaram o nome da Space Patrol, só que em português, e que tinha sido usado pelo Arnaldo como sub título da música "Honky Tonky", uma brilhante execução de piano solo dele no "Loki?" de 1974 e que, de certa forma, traduz bem o espírito da Space Patrol.

Peace, Love & a lotta Rock'n'roll!
Zé BRasil.

quarta-feira, 3 de março de 2010

Carlinhos Hyra


Dentro das ações de resgate do nosso rock setentista brasileiro atualmente estamos trabalhando no acervo do nosso querido amigo e fotógrafo Carlos Hyra que nos deixou abruptamente em 1981. É a melhor e a mais abrangente cobertura iconográfica daqueles anos de chumbo e ouro. Graças ao Carlinhos vamos conseguir rever o que se passou conosco durante aquele período. Bandas como o APOKALYPSIS, SOM NOSSO DE CADA DIA, TERRENO BALDIO, BURMAH, TERÇO, MUTANTES, PATRULHA DO ESPAÇO, JAZCO, JOELHO DE PORCO, MADE IN BRAZIL, SINDICATO e diversas outras foram fotografadas magistralmente por ele nos seus melhores momentos. Aguardem os eventos multiculturais que apresentarão a música e as imagens (inclusive pinturas, filmes e vídeos) que acontecerão daqui pra frente.

terça-feira, 26 de janeiro de 2010



Queridos amigos e amigas:
Tenho pensado muito num assunto em particular e gostaria que vocês refletissem sobre isso. Sou músico e produtor independente desde o início dos anos setenta. Todas as vezes que interagi ou tentei interagir, aqui no Brasil, com o show business oficial das majors, das multinacionais, da direita tradicional e conservadora em última análise, não deu certo. Tive alguma experiência internacional nos Estados Unidos e na Europa e percebi que lá as coisas são diferentes. As majors se nutrem da criatividade das indies, a ponto de, nos anos 80, o movimento independente ter praticamente salvo as grandes gravadoras da bancarrota. No fundo acho que o poder econômico tentou ou comprou o underground, mas os artistas ganharam com isso e o público também. Sempre tive esperança que isso acontecesse aqui no Brasil mas parece que a fronteira (tênue e quase impenetrável ao mesmo tempo) entre os indies e os majors continua impedindo a evolução da nossa cena musical. Vejam o caso dos meus queridos amigos Mutantes: assim que conseguiram o apoio essencial de uma ótima pessoa como o Aluizer Malab decolaram para Londres e para o mundo. Na volta já foram apropriados pela Globo, Sony, etc, com resultados muito bons para eles e para os seus milhares de fans. Agora, os Mutantes nunca foram independentes: desde o início mereceram e participaram dos grandes movimentos musicais (Festivais, Tropicália, etc) dos anos sessenta e com isso sempre desfrutaram do poder de penetração e influência da grande mídia devidamente censurado e "permitido" pela ditadura. Esse poder é tão forte que, aliado à incrível qualidade musical dos Mutantes, fez com que os filhos e até netos dos seus fans originais cantem junto com eles as letras de quase 40 anos atrás. É maravilhoso isso num país tão desmemoriado como o nosso. Ao mesmo tempo alguns de vocês podem ter ouvido falar do Rock Brasileiro dos anos setenta. Existiram conjuntos como o Terço, o Som Nosso de Cada Dia, o Terreno Baldio, a Barca do Sol, o Vimana, o Veludo, o Bicho da Seda, a Bolha , o Peso, o Burmah, o Sindicato, a Chave, o meu Apokalypsis, e muitos outros, gente independente e talentosa que fazia um som inesquecível e surpreendente. Ao contrário do que aconteceu na Inglaterra e Estados Unidos, vieram os anos 80 e o Movimento acabou, assim com acabaram todas essas bandas. Os músicos que conseguiram sobreviver se adaptaram ao modelito pop das grandes corporações e aquele som, mágico e incandescente, se perdeu no tempo. Quem teve oportunidade de ouvir nunca esqueceu o que seria a grande promessa de um Rock Brasileiro de qualidade universal. Enfim, este texto virou um desabafo e uma esperança. Sim, é uma esperança de ressurreicão, de reencarnação, de segunda chance para aquele sonho, para aqueles velhos rockeiros que estão aí até hoje, íntegros e musicalmente saudáveis.
Vamos nos unir: o sonho recomeçou, vamos trazer o Espírito dos 70 de Novo.
Paz, amor e rock'n'roll!
Zé BRasil.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

1974



RESENHA: CD "1974" do APOKALYPSIS - Trama Virtual -17/11/2009

Baixe já, antes que o mundo acabe
Primeiro escute essa parada aqui e sinta o drama, esta aliás (música Liberdade). Não é segredo pra ninguém, ou é?, que durante a década de 70 o Brasil foi um dos top 3 centros de criatividade musical no planeta, muito disso porque teve uma prolifera e inovadora avalanche de grandes bandas progressivas que mexeram com as bases, entre elas a mais brilhante a surgir nos trópicos (Som Imaginário) e também coadjuvantes de respeito. Bom, essa música que você escutou é do Apokalypsis, um desses secundários respeitáveis, que no caso era liderado pelo Zé BRasil, que fez algumas canções entre 74 e 75 com Arnaldo dos Mutantes inclusive, que na época enveredava pela mesma teia sonora de teclados e esgotamento das possibilidades rítmicas e melódicas no pop convencional. Depois disso, fazer música experimental ficou bem mais fácil (ou difícil, dependendo da leitura). Bom, o Apokalypsis está na TramaVirtual e eles acabaram de subir seu brilhante registro de 74, obrigatório.
TRAMA VIRTUAL

O APOKALYPSIS, grupo paulistano de rock brasileiro, é fundado por Zé BRasil. Prandini, Tuca e Edu Parada em 1974. Zé BRasil encontra Silvia Helena em 1975 e desde então cantam, tocam e gravam juntos no Brasil e no exterior. O APOKALYPSIS reaparece no século XXI e em dezembro de 2005 é lançado pelo selo independente Natural Records o CD 1975, com o show Rock da Garoa gravado ao vivo no Teatro Bandeirantes, São Paulo, em outubro de 1975. A partir de 2006 o APOKALYPSIS volta a se apresentar ao vivo, liderando o Movimento 70 de Novo, com novas formações e novo repertório que inclui o rock’n’roll Cabelos Dourados, composto em 2005 por Zé BRasil com letra de Arnaldo Baptista, fundador dos Mutantes, escrita em 1974. Em 2007 o APOKALYPSIS lança o CD 70 de Novo pela Natural Records, sua gravadora criada em Londres em 1980. O disco traz quatro músicas inéditas de Zé BRasil (70 de Novo, Arca de Noé Cósmica, Afrodite e In Neverland), com letras de Nico Queiroz interpretadas por Zé BRasil & Silvia Helena e participações especiais dos guitarristas Norba Zamboni e Roberto Gava e do baixista Osmar Murad. Atualmente o APOKALYPSIS está lançando o CD histórico 1974, também pela Natural Records, em comemoração aos 35 anos de fundação da banda. É um show gravado ao vivo por Pena Schmidt no Teatro Aquarius, São Paulo, Brasil, em 16 de dezembro de 1974, com os fundadores Zé BRasil (composição, solo vocal e bateria), Prandini (guitarra, flauta, sax-tenor e vocal), Tuca (piano e vocal) e Edu Parada (baixo). Fernando Tibiriçá, então proprietário da Trinka Produções Brasileiras e empresário do APOKALYPSIS, é o promotor do evento. A tela da capa é Love Supreme (1974) do pintor Antonio Peticov, as fotos do encarte são do fotógrafo Carlos Hyra (in memoriam), o projeto gráfico é de Rafael Cony, que também é o designer dos CDs 1975 e 70 de Novo, e a masterização do som analógico é do master engineer Renato Coppoli. Para adquirir o CD 1974 contate o APOKALYPSIS contato@apokalypsis.com.br ou a NATURAL RECORDS naturalrecords@linkbr.com.br. Despachamos para todo o Brasil em embalagem protetora registrada.

O APOKALYPSIS, de Zé BRasil & Silvia Helena, está com um show acústico de duas vozes e dois violões folk, como o duo costumava fazer em Londres, Paris e Barcelona. O repertório é formado por músicas originais setentistas do CD 1974 e canções de rock atuais com os parceiros Nico Queiroz e Arnaldo Baptista. Suas apresentações mais significativas em 2009 aconteceram na Celebração dos 40 Anos de Woodstock no Espaço Nectar do Rio de Janeiro e, em São Paulo, no programa Tah Ligado! do apresentador Paulo Ragassi da allTV, na FIBoPS no Centro de Convenções Frei Caneca e no Rock na Vitrine, promovido pela Secretaria Municipal de Cultura com curadoria de Luiz Calanca (Baratos Afins), na Galeria Olido.